segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Poema do Artesão


Minha poesia é inglória, vive em bancas incertas.

Do pódio e das vitórias, traduz histórias discretas.

Nos dizeres, incontida, minha poesia é de lua, às vezes, reza vestida às vezes, discursa nua.

Meu poema é artesanato.

E sai-me pronto das mãos.

Coso-o, com muito cuidado, cirzo-o, sem distração.

Às vezes, vem das sucatas de contas e velhos botões, de renda e fitas baratas, da fieira dos piões.

Que ressona atrás da porta, tem os pêlos de um cão, no final das linhas tortas traz pena, paina, algodão.

Tem cores das violetas, pose de pedra-sabão.

Nas asas da borboleta, nem coloca os pés no chão.

O poema-artesanato traz ponto-cruz, bordaduras.

É sempre um simples retrato de uma notória figura.

Maria da Graça Almeida

Um comentário:

  1. oi carol sou pablo do argentina eu pasei na sua blog e interessante entois quero convite vc pra meu blog do musica em varios idiomas tambem ai musica em portugues e uma radio clip do brasil add em meu blog quero saber mais do vc e bonita e uma gran artista eu tralbaho tambem com arte pelo da musica os anos 80 e tambem actual. musica e um bonito arte tambem um bjo pra vc e perdona meu portugues jaja vou esperar pra vc xau...

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